segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

A dieta rica em alimentos anti-inflamatórios pode prevenir e bloquear a inflamação.



Adeus medicamentos! Os alimentos vão além da nutrição e tornam-se aliados na batalha contra doenças inflamatórias. O controlo da inflamação é feito pelo corpo através de hormônios que a intensificam ou a diminuem a fim de permitir que o processo inflamatório ocorra quando realmente seja necessário, tanto para reparar uma lesão como proteger contra uma infecção. Os alimentos têm um efeito importante nos níveis dos hormônios, podendo activar ou inibir a acção inflamatória.

A dieta rica em alimentos anti-inflamatórios pode prevenir e bloquear a inflamação, fortalecendo o sistema imunológico e o equilíbrio de todas as funções básicas do organismo. Entre os alimentos com maior acção anti-inflamatória destacam-se os ácidos gordos ómega-3, encontrados no azeite de oliveira extravirgem e peixes de águas frias (salmão, atum, bacalhau, arenque, cavalinha, sardinha e truta). No organismo, estes ácidos são convertidos em substâncias semelhantes aos hormônios, que reduzem inflamações.

Chá verde, alho, aveia, cebola, crucíferas (brócolis, couve-flor e repolho), semente de linhaça, soja, tomate e uva são alimentos com substâncias bioativas que tem acção na modulação do processo inflamatório e são antioxidantes. "Algumas inflamações podem oxidar as células que constituem as paredes do vaso sanguíneo. No entanto, os alimentos antioxidantes podem ajudar a evitar estas lesões".

A inflamação, muitas vezes, pode aumentar o risco de desencadear certas doenças, como: cancro, diabetes, doenças cardiovasculares, obesidade, Alzheimer, alergias e artrite. Para se alcançar o efeito de anular alterações no sistema imunológico, o cardápio de alimentos anti-inflamatórios deve ser alimentos com baixo ou moderado Índice glicêmico (IG) e, consequentemente, baixa carga glicêmica.

Batata assada, batata frita, bolos, biscoitos, trigo branco, farinha integral e cream cracker são alguns dos alimentos que apresentam alto índice glicêmico que em vez de inibir a inflamação, estimula-a.

"A inflamação não pode ser vista só como ponto negativo. Considerada uma resposta do organismo, ocorre tanto para melhorar um ferimento como proteger contra uma infecção". 

O processo inflamatório serve como barreira para os microorganismos não penetrarem nas mucosas e feridas de tal forma a comprometer o organismo. Além disso, a inflamação resulta na cicatrização de lesões.

Os hormônios que estimulam a inflamação são sintetizados a partir dos ácidos gordos ômega-6, encontrados em óleo de milho ou girassol, soja, sementes de girassol, gergelim, castanhas e nozes. "Os ácidos gordos ômega-6 estimulam a inflamação e os ácidos gordos ômega-3 diminuem o processo inflamatório. Por isso há necessidade de consumi-los em equilíbrio".

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