Alimentação
Um aspecto importante e que merece constar nas listas de resoluções para o ano novo diz respeito a alimentação. Seja para perder uns quilinhos ou colocar em prática o antigo desejo de uma dieta mais saudável, atentar para aquilo que se come é uma promessa das mais relevantes.
A nutricionista Verônica Laino, de São José dos Campos, recomenda atenção a esse item. “É sempre bom incluir resoluções alimentares saudáveis no ano novo”, afirma. “Nessa época, a pessoa encontra-se mais motivada e disposta a mudanças, já que quer começar o ano com pé direito”, completa. Logo, as chances da resolução tornar-se um novo hábito são maiores.
De acordo com ela, colocar em prática uma dieta mais saudável requer mudanças de hábitos. “A pessoa deve buscar uma alimentação mais rica em alimentos nutritivos e evitar alguns vilões da dieta, como os alimentos ricos em sódio, corante, conservante, flavorizante, edulcorante e gordura saturada”, avisa.
Pequenas alterações na rotina alimentar fazem toda a diferença. Por exemplo ao substituir um copo de refrigerante por um de suco: a pessoa deixa de consumir aditivos químicos e passa a consumir fibras e nutrientes vindos das frutas. “Com isso o corpo trabalha melhor e se torna mais saudável”, afirma.
Quando o assunto é alimentação, o maior engano cometido pelas pessoas diz respeito às calorias. Convencionou- se achar que elas engordam, mas não é bem assim, segundo Verônica. “Nosso corpo necessita de calorias para fazer novas células, afinal renovamos 50 milhões de células diariamente”, explica a nutricionista. Na realidade, o que engorda é de onde vêm essas calorias. “Precisamos entender que se um alimento é calórico, porém rico em vitaminas e minerais, não levará ao ganho de peso”, afirma. Por outro lado, se um alimento é calórico, mas não contêm nutrientes, o corpo o reconhece apenas como fonte de energia e a estoca como fonte de gordura. “Para poder utilizar em outro momento”, cita.
A alimentação equilibrada não só evita as doenças crônicas e degenerativas, como o colesterol alterado, diabetes e pressão alta, como também resolve problemas como enxaqueca, TPM, queda de cabelo, intestino preso, olhei- ra, alergias de pele e falta de energia, garante Verônica.
Ações
Sair da zona de conforto nunca é tarefa fácil. Segundo a nutricionista, não basta tentar melhorar: é necessário colocar em prática novas atitudes. “Para mudar hábitos é preciso começar com pequenas mudanças, mas fáceis de concretizar”, adianta. O segredo é escolher uma coisa tão fácil que você consiga fazer diariamente. “Mas faça, não tente, apenas faça”. Depois que virar rotina, a vontade de fazer algo pouco mais difícil surge, gerando um ciclo virtuoso. Por exemplo, se a pessoa consome refrigerante diariamente, passe a consumir seis dias na semana. Quando virar um hábito, diminua para cinco e assim por diante.
A linha-mestra da alimentação é ter conhecimento de que nada é proibido. “Devemos apenas observar qual a frequência e quantidade que podemos consumir os alimentos não-saudáveis sem afetar a saúde”, diz.
Dentro de uma nova proposta de alimentação, as pessoas devem ter em mente que nada deve ser excluído e sim balanceado. “A ingestão de alimentos deve ser feita com um intervalo máximo de quatro horas entre as refeições”, reforça Verônica. Toda refeição precisa ter um representante de cada grupo (carboidrato, proteína). Um almoço saudável, por exemplo, deve conter uma fonte de carboidrato como o arroz, a batata ou o macarrão, uma fonte de proteína como carne, frango, peixe,ovo ou leguminosas e pelo menos duas fontes de nutrientes como legumes e verduras.
Para atingir uma alimentação saudável, é preciso priorizar alimentos que a natureza nos oferece, como os legumes, verduras, frutas e grãos in- tegrais. Em compensação, produtos muito industrializados, frituras, bebidas gaseificadas e alcoólicas devem ter seu consumo reduzidos.
Sobrepeso
Para as pessoas que estão acima do peso, uma boa resolução de ano novo seria a redução de 10% do peso total, ou seja, se a pessoa pesa 100 quilos, ela deve colocar como meta a redução de 10 quilos. “Estudos demonstram que a redução de 10% do peso corporal inicial já seja suficiente para reduzir os riscos da síndrome metabólica”, avisa Verônica.
Para atingir esse objetivo, o ideal é procurar a ajuda de um nutricionista para adequar o cardápio. “A redução de peso deve ser feita de maneira saudável, em restrições alimentares, mas sim, buscando o equilíbrio”, informa.
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